A origem da raça Golden Retriever
O surgimento da raça Golden Retriever deu-se em meados do século XIX, através de cruzamentos seletivos e elaborados por Lord Tweedmouth, que buscava um cão de médio porte que fosse hábil caçador, obediente, inteligente, calmo e fácil de treinar, o que levou ao uso de diversas raças, entre elas a extinta Tweed Water Spaniel.
Como resultado dos esforços, nasceram quatro cadelas: Ada, Primrose, Crocus e Cowslip, sendo os descendentes desta última os principais ancestrais dos Retrievers conhecidos hoje. Já difundidos, os padrões exigidos geraram duas variantes: uma para exposição e outra para o trabalho.
A extinta raça Tweed Water Spaniel
A vila de Norham , Northumberland , ao sul do rio Tweed foi notada como "famosa por muito tempo" por uma raça de água que era "invariavelmente marrom".
Em 1816, Richard Lawrence escreveu sobre as origens do Tweed Water Spaniel: "Ao longo de costões rochosos e declives terríveis além da junção do Tweed com o mar de Berwick , os cães-d'água conseguiram uma força adicional, a partir da introdução de uma cruz com o cão da Terra Nova , que os tornou completamente adequados às árduas dificuldades e perigos diurnos em que estão sistematicamente envolvidos ".
Embora a citação se refira especificamente à raça de Terra Nova, na verdade é mais provável que signifique a raça extinta do cão de água de St. John, que às vezes era conhecida pela localização de Terra Nova e Labrador em sua terra natal.
Stanley O'Neil, um especialista em Retrievers de pelagem achatada , escreveu sobre o Tweed Water Spaniel em uma carta durante o final do século 19: "Mais acima na costa, provavelmente Alnmouth, vi homens pescando salmão. Com eles havia um cachorro com era de cor acastanhada, mas molhada e espumosa, era difícil ver a cor exata, ou quanto era devido ao alvejante e ao sal. Enquanto meus anciãos discutiam a pesca, perguntei a esses homens da rede de salmão de Northumberland se seu cão era um Cão da Água ou um Encaracolado, transmitindo meu conhecimento Eles me disseram que ele era um Spaniel de Água de Tweed Este era um novo em mim Eu tinha uma suspeita desagradável de que minha perna estava sendo puxada Esse cachorro parecia um marrom Water Dog para mim, certamente recuperar, e não em todos os spanielly. Perguntei se ele veio de uma traineira, e foi dito que veio de Berwick ".
Linda P. Case, da Universidade de Illinois , especulou que o Tweed Water Spaniel foi assim chamado porque foi desenvolvido na propriedade de Lord Tweedmouth , e na verdade era simplesmente o nome original de uma raça de cão que mais tarde se tornou o Golden Retriever. No entanto, esta teoria é contra a evidência documentada, como o desenvolvimento inicial do Golden Retriever foi totalmente documentado e listou os três Spaniels de água de Tweed envolvidos especificamente por raça.
O legado da raça Tweed Water Spaniel e a raça Golden Retriever
No final do século 19, Sir Dudley Coutts Majoribanks, Lord Tweedmouth, estava desenvolvendo uma raça que era conhecida na época como "Yellow Retriever". Isso era incomum, pois normalmente durante esse período todos os Retrievers eram negros. O emparelhamento principal do qual os Golden Retrievers modernos dizem ter descido eram de um cão chamado Nous que era um Retriever amarelo raro de capa ondulada , e um Tweed Spaniel feminino chamado Belle que foi dado aos Majoribanks por seu primo David Robertson. Quatro filhotes amarelos foram produzidos a partir deste par, chamado Ada, Crocus, Primrose e Cowslip.
Belle não era o único Tweed Spaniel no canil de Majoribank. Um outro cão chamado simplesmente Tweed foi mantido, embora os registros mostrem que ele nunca foi criado, pois ele morreu em uma idade precoce. Um segundo cachorro chamado Tweed foi criado, para Cowslip do emparelhamento anterior do Tweed / Retriever, que produziu um filhote amarelo chamado Topsy. As duas raças foram apenas cruzadas duas ou três vezes, mas começaram o desenvolvimento do moderno Golden Retriever.
O temperamento da raça Golden Retriever
Não há tempo ruim para um Golden Retriever. Eles são extremamente brincalhões e simpáticos e parecem ter vontade de abraçar todo mundo o tempo todo. Fiéis aos donos, eles adoram praticar esportes, portanto, embora possam viver em um apartamento, têm uma necessidade grande de extravasar as energias em passeios e corridas por campos abertos.
Não há tempo ruim para um Golden Retriever. Eles são extremamente brincalhões e simpáticos e parecem ter vontade de abraçar todo mundo o tempo todo. Fiéis aos donos, eles adoram praticar esportes, portanto, embora possam viver em um apartamento, têm uma necessidade grande de extravasar as energias em passeios e corridas por campos abertos.
Entre as brincadeiras que eles mais gostam ainda é possível perceber um pouquinho de gene de caçadores dopassado: eles adoram, por exemplo, buscar objetos e trazê-los na boca para entregar para o dono. Isso demonstra o quanto eles são obedientes e leais à família.
A personalidade da raça Golden Retriever
O Golden Retriever é equilibrado, inteligente e afetuoso. Golden Retrievers são brincalhões, mas gentis com crianças, e eles tendem a se dar bem com outros animais de estimação e estranhos. Esses cães são ávidos para agradar, o que provavelmente explica por que eles respondem tão bem ao treinamento de obediência e são cães de serviço tão populares. Eles também gostam de trabalhar, seja caçando aves ou indo buscar o chinelo do dono.
Golden retrievers não latem com frequência, e não possuem instinto de guarda, então não conte com eles para serem bons cães de guarda. Entretanto, alguns Golden Retrievers vão avisá-lo da aproximação de estranhos.
A ficha técnica da raça Golden Retriever
Como os Golden Retriervers são fáceis de agradar, eles respondem positivamente ao treinamento de obediência. Eles Complementam essa característica sendo brincalhões, afetuosos e equilibrados.
Como os Golden Retriervers são fáceis de agradar, eles respondem positivamente ao treinamento de obediência. Eles Complementam essa característica sendo brincalhões, afetuosos e equilibrados.
Características Gerais
Faixa de Peso:
Média de Altura:
Expectativa de Vida:
Atividade diária:
Nível de Energia:
Tendência a Babar:
Tendência a Roncar:
Tendência a latir:
Necessidade Social:
Pelagem
Comprimento:
Características:
Cores:
Higienização:
Reconhecimento do Clube
1. Classificação AKC:
2. Classificação UKC:
3. Prevalência:
Como é morar com um Golden Retriever
Esta raça gosta de ser ativa. Lembre-se, Golden Retrievers são cães de aves no coração, então eles amam um bom jogo de ir buscar ou natação. Se forem exercitados diariamente, Golden Retrievers podem se adaptar a qualquer tipo de casa, mesmo que seja um apartamento na cidade.
Golden Retrievers perdem pelo em quantidade média. Escovação perto de uma vez por semana manterá a pelagem com boa aparência. Veja o vídeo sobre “Golden Retriever em Apartamento”:
Assista ao Vídeo:
Os cuidados com a raça Golden Retriever
Aspectos Gerais
O Golden Retriever é um cão bem proporcional e robusto, sendo considerado um animal É musculoso e dono de membros bastante fortes. Contando com orelhas caídas, que chegam, mais ou menos, na altura dos olhos, o Golden não costuma ter muitos problemas na região auricular, e a sua cauda está sempre levantada. Seu pelo pode ser liso ou ondulado, sendo que as cores dessa pelagem variam bastante entre os mais diferentes tons de ouro (fazendo mais uma alusão ao seu nome de “golden” que, na tradução, significa dourado).
Sua pelagem é de comprimento médio, e a cor varia entre o dourado e o creme, sendo que uma série de variações do ouro podem ser encontradas neste caminho, assim como nos cães da raça. Por soltar muitos pelos, é essencial que os donos de um Goldem realizem tosas e escovações com certa frequência no animal, mantendo a pelagem longe de nós e, consequentemente, longe do acúmulo de sujeiras que podem causar variados problemas de pele.
Embora a sua história não mostre similaridades além da presença da raça Terra Nova na base de sua origem, o Golden Retriever pode ser comparado, em muitos aspectos, ao Labrador Retriever – sendo, inclusive, conhecido por muitos como “o seu primo peludo”.
Cuidados Específicos
Embora o Golden Retriever seja perfeitamente adaptado à vida em família, adora correr e é essencial levá-lo passear diariamente. Por ser muito ativo, o cão da raça precisa ter lugares onde possa gastar sua energia; pois, caso contrário, pode se tornar um tanto triste e até ser considerado hiperativo – já que tentará extravasar este acúmulo de energia de qualquer forma, podendo acabar afetando os móveis da casa, entre outros elementos.
No entanto, em muitos casos, poucos passeios já resolvem essa questão, já que o Golden Retriever – apesar de ser grande e cheio de energia – também é um cão que se adapta aos mais diversos ambientes com certa facilidade; podendo ser criado até mesmo em apartamentos um pouco maiores que o normal.
Tido como um cão muito ativo e agitado, o Golden também é extremamente dócil e amoroso – tanto com sua família como com os que à conhecem e fazer parte do círculo de amizades – sendo capaz de passar horas brincando ou recebendo carinhos das pessoas (mesmo as que tenha acabado de conhecer).
Cuidados de Saúde
Como em muitas outras raças, a displasia da anca – também chamada de Displasia Coxo Femural - é muito comum em Golden Retrievers, causando diversos problemas nos ossos e nas cartilagens que envolvem a região do quadril do animal. Seu grande porte e peso são parcialmente responsáveis por isso, sendo que fatores externos e físicos (como pisos escorregadios e o excesso de pelos na área das patas) também podem contar mais pontos para o surgimento desse tipo de disfunção canina.
Infelizmente, o Golden é um cão com muitas doenças congênitas e, por isso, problemas oculares como a conjuntivite e complicações hormonais como o hipotireoidismo. Doenças como diabetes mellitus, epilepsia e cardiopatia também fazem parte da lista de problemas que podem aparecer ao longo da vida dos Golden, assim como tumores e o câncer de tipos diferentes.
Displasia coxofemoral em Golden Retriever
Características da doença
A articulação coxofemoral localiza-se no quadril, sendo composta pelo encaixe da cabeça do fêmur na superfície articular, chamada de acetábulo. A estabilidade e saúde dessa articulação dependem do encaixe perfeito entre o fêmur e o acetábulo.
No caso da displasia coxofemoral, ocorre um desequilíbrio no desenvolvimento dessa articulação, que afeta as estruturas envolvidas no processo do movimento, causando um desequilíbrio ou instabilidade. O desgaste da cartilagem, devido ao mau posicionamento, conduz a uma diminuição do espaço articular. Veja imagem ilustrativa abaixo: Dessa forma, ocorre um quadro inflamatório agudo (artrite) que vai progredindo e se tornando crônico, com perda de cartilagem e desgaste do osso, o que leva ao desenvolvimento de uma artrose
Em relação aos sinais clínicos, depende do grau da doença, mas em geral observamos o animal mancando ou com o andar “endurecido”, com o dorso (costas) arqueado, além de uma rotação lateral das pernas (parece que está abrindo as pernas). Geralmente o animal levanta com dificuldade e cansa muito rápido em passeios. Alguns casos graves impossibilitam até de o animal se levantar e defecar ou urinar corretamente.
Fator genético e ambiental
As raças grandes, em especial Labrador, Golden Retriever, Pastor Alemão e Bernese são as mais acometidas pela doença, pois neles há um fator genético envolvido que pode passar dos pais para os filhos. Apesar disso, não é esse fator genético que irá influenciar no agravamento da displasia diretamente. Fatores ambientais que propiciem traumas (piso muito liso), obesidade, idade avançada, má alimentação, e falta de tratamento adequado são as condições que contribuem para esse constante desgaste das articulações.
O grau da displasia só poderá ser avaliado pelo médico veterinário, que utilizará uma classificação específica da doença para determinar a evolução do desgaste e a gravidade do caso. O uso de exames complementares, como raio X e ressonância magnética são fundamentais para esse diagnóstico e classificação do grau da displasia coxofemoral. De acordo com censo da UNESP de cães radiografados num período de 8 anos, as duas raças mais diagnosticadas com a displasia foram o Rottweiler, em primeiro lugar, e o Pastor alemão, em segundo, correspondendo respectivamente a 28,19% e 19,69% de todos os 259 cães diagnosticados neste período.
O grau da displasia só poderá ser avaliado pelo médico veterinário, que utilizará uma classificação específica da doença para determinar a evolução do desgaste e a gravidade do caso. O uso de exames complementares, como raio X e ressonância magnética são fundamentais para esse diagnóstico e classificação do grau da displasia coxofemoral. De acordo com censo da UNESP de cães radiografados num período de 8 anos, as duas raças mais diagnosticadas com a displasia foram o Rottweiler, em primeiro lugar, e o Pastor alemão, em segundo, correspondendo respectivamente a 28,19% e 19,69% de todos os 259 cães diagnosticados neste período.
Diagnosticando a displasia no Golden Retriever
Diagnótico da Displasia Coxofemoral:
O diagnóstico é feito pelos sintomas, avaliação clínica, e achados radiológicos.
Classificação da Displasia Coxofemoral:
O grau de displasia, segundo diagnóstico radiográfico, é classificado em 5 graus tomando como base o método de Norberg, conforme a tabela à baixo:
Grau | Descrição | Reprodução |
HD- | Sem sinais de displasia coxofemoral | Apto à reprodução |
HD+/- | Articulações coxofemorais próximas do normal | Apto à reprodução |
HD+ | Displasia coxofemoral de grau leve | Ainda Permitido |
HD++ | Displasia coxofemoral de grau moderado | Não apto à reprodução |
HD+++ | Displasia coxofemoral de grau severo | Não apto à reprodução |
Os graus são nomeados com HD de Hip Dysplasia, em inglês "displasia de anca". Porém os mesmos graus de displasia podem também ser classificados da letra A à letra E, sendo o A equivalente ao grau HD-, e assim consecutivamente.
Em algumas raças de cães, indivíduos com articulação coxofemoral classificadas como de grau HD+ já não são utilizados para reprodução. Em outros casos, quando permitido, cães HD+ só podem ser acasalados com cães HD-.
Apesar de que o exame radiográfico possa ser realizado mais cedo, o diagnóstico definitivo só é dado aos cães à partir de 2 anos (24 meses) de idade.
Tratamento da Displasia Coxofemoral:
O tratamento da displasia coxofemoral pode ser conservativo com anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos e condroprotetores, redução do exercício, controle do peso, fisioterapia; ou cirúrgico com pectinectomia, osteotomias corretivas, artroplastia das bordas acetabulares, osteotomia pélvica tripla, sinfisiodese, e denervação . Uma forma de evitar que os reprodutores transmitam esta doença aos filhotes, é diagnosticar todos os exemplares da raça através de radiografias e evitar o cruzamento dos animais afetados, já que é transmitida de forma hereditária.
Um cão que tem displasia coxo-femoral pode viver uma vida normal, sempre que sejam levados a consideração os cuidados de controle de peso, exercícios e medicação. Portanto, na hora de comprar um filhote de cão, principalmente das raças mais sujeitas à displasia, lembra que por mais que peça ao criador que apresente o certificado de displasia dos pais, isto não pode garantir que seu filhote não tenha este problema (já que é uma doença (hereditária). E caso você já tenha um cão em casa, procure seu veterinário para realizar esse exame, a fim de evitar que a doença se espalhe. Atualmente já se pode ser feito tratamento com células-tronco.